Aula 9:  18-10-2010

 

Sumário:

  • Ponto de situação das aulas e trabalhos;
  • Visionamento do filme, “ Quanto Vale ou É por Quilo?”, e análise deste segundo a teoria que cada grupo estudou.

 

 

Como o professor Nuno gosto de tudo muito organizado e esclarecido, voltamos a falar um pouco sobre o decorrer dos trabalhos relativos às diferentes Teorias da Aprendizagem, se estava tudo a correr bem, o que faltava ou não para terminar. O meu grupo tem sido organizado e tem trabalhado regularmente e as tarefas têm sido cumpridas por todos no tempo pretendido.

 

Em seguido assistimos ao filme “ Quanto Vale ou É por Quilo?”  e retirei algumas notas.

 

  • Este filme decorre num bairro de lata no Brasil onde existem milhares de crianças carentes e famintas;
  • Colocavam aos escravos um funil * que tapava a cara, só tinha uns furos para poderem ver e respirar. Este funil* era colocado nos escravos com o intuito de os fazer largar o vício pelo álcool e por roubar;
  • A associação Sorriso de Criança, tem como objectivo ajudar os mais carenciados. Mas este tipo de ajuda e de solidariedade por vezes não deixa de ser uma “farsa”, porque quem pratica esta solidariedade quer é ser reconhecido e receber o mérito, o ajudar os outros é pouco importante. Assim utilizam este tipo de acções como forma de marketing social, discurso que será repetido em vários outros momentos do filme. Este tipo de acção de solidariedade são só para quem as faz ficar bem visto pela sociedade, e para ter algum benefício em algum dos seus cargos políticos ou subir de estatuto. Como por exemplo no caso em que Lucrécia que lava, esfrega, limpa e fazia de tudo um pouco e não conseguia juntar os réis para comprar a alforria, e Maria Antónia, feita de boazinha empresta-lhe o dinheiro que lhe fazia falta. Mas claro que tinha que existir uma contrapartida, Lucrécia tinha que trabalhar para Maria Antónia até saldar a quantia emprestada, já com juros bem altos para poder ganhar bom dinheiro á custa da pobre escrava.

 

 * Máscara de Folha de Flandres

 

 

A máscara de folha de flandres é um instrumento feito de metal. Fechado atrás da cabeça por um cadeado, tem apenas três buracos. Dois para ver e um para respirar... Por tapar a boca, a máscara faz com que os escravos percam o vício pelo álcool. Sem o vício de beber, os escravos não têm também a tentação para furtar, já que é do seu Senhor... do seu dono, que eles tiram o dinheiro para se embriagar. Dessa forma ficam extintos dois pecados... A sobriedade e a honestidade...

Estão assim garantidas.

 

Bianchi E., Roteiro do filme de Sergio Bianchi - São Paulo, 2008, imprensaoficial.

 

Quanto Vale ou É por Quilo?

 

É um filme brasileiro de 2005, do género drama, dirigido por Sérgio Bianchi. O filme faz uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a actual exploração da miséria pelo marketing social, que formam uma solidariedade de fachada. O filme faz uma grande crítica as ONGs e suas capitações de recursos junto ao governo e empresas privadas.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Sinopse

 

Adaptação livre do director Sérgio Bianchi para o conto "Pai contra Mãe", de Machado de Assis, Quanto Vale ou É Por Quilo? desenha um painel de duas épocas aparentemente distintas, mas, no fundo, semelhantes na manutenção de uma perversa dinâmica socioeconómica, embalada pela corrupção impune, pela violência e pelas enormes diferenças sociais. No século XVIII, época da escravidão explícita, os capitães do mato caçavam negros para vendê-los aos senhores de terra com um único objectivo: o lucro. Nos dias atuais, o chamado Terceiro Sector explora a miséria, preenchendo a ausência do Estado em actividades assistenciais, que na verdade também são fontes de muito lucro. Com humor afinado e um elenco poucas vezes reunido pelo cinema nacional, Quanto Vale ou É Por Quilo? mostra que o tempo passa e nada muda. O Brasil é um país em permanente crise de valores.

 

https://www.interfilmes.com/filme_15155_quanto.vale.ou.e.por.quilo..html

 

 

Livro sugestivo sobre o filme:

Roteiro de Eduardo Benaim, Newton Cannito e Sergio Bianchi do filme de Sergio Bianchi  - São Paulo, 2008

 

 

 

 

 

 

 

 

Roteiro de Eduardo Benaim, Newton Cannito e Sergio Bianchi do filme de Sergio.pdf (5,5 MB)