Aula 7: 11-10-2010
Sumário:
- Organização, introdução feita pelo professor Nuno Corte Real;
- Ponto de situação dos trabalhos de grupo;
- Início da aula pelo professor Paulo Castelar;
- Diferença entre conhecimento e senso comum.
O professor Nuno deu início á aula, perguntando aos grupos como estavam a decorrer os nossos trabalhos e qual era o ponto de situação dos mesmos, em seguida passou a palavra ao professor Paulo.
O Professor Paulo Castelar é psicólogo e como a maioria das pessoas diz que esta profissão está relacionada com loucos, ele enuncia a seguinte frase “ Todos nos temos de médico e louco temos um pouco”. Em seguida questiona, “ Será que também temos um pouco de psicólogos?”
Estas duas frases são um pouco duras de ouvir, se nos identificarmos com elas. Eu concordo que pelo menos de psicólogos todos temos um pouco, pelo simples facto que quase toda a gente, para não arriscar dizer toda, dá conselhos a um amigo, tenta ajudar um familiar e faz com que as suas palavras possam ser orientadoras e possam dar ânimo ou um sorriso a alguém. Até uma criança ao brincar ao conviver com um amigo e ao ajuda-lo a superar algum obstáculo, a dar uma força ou transmitir energia em alguma situação ou actividade, está a ter um papel psicológico motivador. Também pode acontecer algo contrário, de uma forma negativa, e aqui é que estão as diferentes psicologias presentes em todos nós, nuns de forma mais evidente que outros, e uns utilizam-nas melhor e outros pior que outros.
Em seguida abordou alguns temas e falamos um pouco sobre eles, os temas abordados estão abaixo descritos.
Diferentes tipos de conhecimento
Científico:
“Serve para formar provar o conhecimento e fornece uma informação fiável e concreta.” (Paulo Castelar)
O conhecimento científico é real (factual) porque lida com ocorrências ou fatos,
isto é, com toda "forma de existência que se manifesta de algum modo" (Trujillo, 1974:14).
Constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico.
https://www.das.ufsc.br/~cancian/ciencia/ciencia_conhecimento_cientifico.html
Senso comum:
“É um conhecimento que não é provado.” (Paulo Castelar)
Grande parte do nosso conhecimento da natureza e dos seres humanos não é científico e, na verdade, surgiu muito antes da ciência ou mesmo da própria civilização. Sabemos que certas plantas nos alimentam ou curam e que outras são venenosas, que é mais seguro beber água fervida, que os filhos tendem a parecer-se com os pais, que algumas doenças são contagiosas, que com o leite podemos fazer queijo, que por vezes a terra treme e o Sol desaparece e que podemos moldar alguns metais quando os aquecemos. O conhecimento vulgar ou senso comum corresponde a crenças como estas. Podemos caracterizá-lo desta forma:
O senso comum consiste em crenças (1) amplamente partilhadas pelos seres humanos, (2) justificadas pela experiência quotidiana e (3) transmitidas de geração em geração de uma forma essencialmente acrítica.
Além disso, o conhecimento de senso comum tende a reflectir as necessidades humanas mais imediatas, ou seja, tem um carácter acentuadamente prático.
Freud e o Inconsciente
Contributos na história da Psicologia para o estudo do comportamento humano na sua complexidade
Freud distinguiu três níveis de consciência, na sua inicial divisão topográfica da mente:
Consciente
Diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento.
Pré-consciente
Relaciona-se com os conteúdos que podem facilmente chegar à consciência.
Inconsciente
Refere-se ao material não disponível à consciência ou ao escrutínio do indivíduo.
No entanto, o ponto nuclear da abordagem psicanalítica de Freud é a convicção da existência do inconsciente como:
a) Um receptáculo de lembranças traumáticas reprimidas;
b) Um reservatório de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.